no Encontro-Convívio realizado no
Forte de Peniche em 26.10.2019
Estimados
amigos,
companheiros
e camaradas :
Permitam-me
que traga a este nosso encontro tão marcado pela fraternidade e pela
nossa colectiva vinculação aos valores da resistência antifascista
e da liberdade algumas breves palavras sobre a 5ª edição do livro
em boa hora organizado e editado pela URAP e significativamente
intitulado «Forte de Peniche, memória, resistência e luta».
Com
esta 5ª edição, este livro atingirá os 11.000 exemplares, o que,
no panorama editorial português, constitui um notável êxito, bem
demonstrativo do interesse que despertou e que tem sido também
patente nas dezenas de sessões da sua apresentação que a URAP tem
organizado por todo o país envolvendo muitas centenas de democratas.
Mas
o que definitivamente marca este livro, para além do valor
intrínseco do seu conteúdo, é sem dúvida o ter sido um valioso
instrumento da luta que, por imperativo de consciência, travámos
contra o projecto de transformação do Forte de Peniche num hotel de
luxo e pela edificação, agora em vias de plena concretização,
neste mesmo Forte de um Museu Nacional da Resistência e da
Liberdade.
Com
efeito, parte importante deste livro é ela própria a história
densamente documentada da movimentação democrática em torno de
objectivo que atrás referi, desde a petição lançada em Outubro
de 2016 e subscrita por 9635 cidadãos e entregue na AR em 26 de
Janeiro de 2017 até à jornada popular da inauguração da 1ª fase
do Museu em 27 de Abril de 2019, passando pelo dois anteriores
encontros-convívios em 29 de Outubro de 2016 e de 2 de Outubro de
2018 e ainda pela jornada de inauguração do monumento aos presos
políticos em 9 de Setembro de 2017.
Olhando
para trás, talvez possamos dizer, com modéstia mas também uma
ponta de orgulho, que esse foi o caminho de pedras que juntos
percorremos mas também que por esse caminho de pedras construímos todos uma grande vitória na preservação dos valores da memória
histórica e na pujante afirmação do valor supremo da liberdade e
que valeu a pena a persistência, a tenacidade, a firmeza de
convicções e a unidade dos que souberam reclamar e lutar.
Tempo
agora para vos dizer que um importante capítulo deste nosso livro é
aquele onde, ao longo de 25 páginas se relatam as condições e o
regime prisionais vigentes no Forte de Peniche ao longo de diversas
épocas. E bem se pode dizer que esse texto tem o superior valor de
ser o único existente que, embora de forma necessariamente resumida,
permite uma visão de conjunto de como era a vida encarcerada dos
2510 presos que, por lutarem pela liberdade, aqui estiveram presos.
Com
efeito, nesse texto lá encontramos as regras absurdas e desumanas
das visitas de familiares dos presos ao parlatório, a referência às longas distâncias que eram obrigadas a percorrer, as dezenas de
estridentes apitos que em cada dia comandavam a vida prisional, a
crueldade e atitudes provocatórias dos carcereiros, o estúpido e
cruel «regime de observação», o isolamento, toda a série de
castigos, o segredo, a proibição de conversar, a censura às
cartas, o não poder ver ao menos o mar.
Como
a maior parte dos que aqui estão certamente sabem, o livro inclui
também um interessante capítulo sobre seis fugas ( duas não
concretizadas) de Peniche, parte que bem pode ser lida como se de um
livro de aventuras se tratasse, sendo apenas de lembrar que nelas os
perigos eram terrivelmente reais e que esses relatos se revelam
espírito de aventura põem sobretudo em destaque a persistência, a
imaginação, uma vontade férrea de tornar possível o que parecia
impossível e, mais do que tudo, uma determinação admirável em
conquistar a liberdade para prosseguir a luta pela liberdade de todo
o nosso povo.
Neste
livro há igualmente um capítulo e um texto que não se encontra em
mais parte nenhuma. Como se lembrarão, no dia 26 de Abril de 1974 e
na madrugada de 27 as atenções estiveram sobretudo concentradas em
Caxias (os órgãos de informação estavam em Lisboa) e por isso é
daí que há mais fotos e imagens tendo Peniche e a libertação dos
seus presos ficado um pouco na penumbra mediática. Mas este nosso
livro preenche essa lacuna com uma cronologia minuciosa do processo
de libertação dos presos de Peniche da autoria do Comandante
Machado dos Santos que, com o Major Moreira de Azevedo, constituiu a
delegação da JSN encarregada dessa libertação. E se é certo que
devemos estar gratos aos membros da Comissão Nacional de Socorro aos
Presos Políticos que em Lisboa travaram a batalha contra Spínola
para que fossem libertados todos mas todos os presos políticos,
também temos uma dívida de gratidão com o Cdte. Machado dos
Santos e o Major Moreira de Azevedo que, aqui em Peniche, do primeiro
ao último minuto,sempre actuaram no sentido de alcançar esse justíssimo objectivo.
E,
por fim, o nosso livro inclui a lista, agora actualizada e acrescentada com a
naturalidade dos presos, dos 2510 antifascistas que cumpriram penas
em Peniche entre 1934 e 1974, lista essa que deu origem ao digno e
comovente memorial que podemos ver lá fora. E o melhor, mais
luminoso e mais profundo que se pode dizer sobre essa lista já foi
dito pelo nosso querido António Borges Coelho : « Nomeai uma um
todos os nomes. Lutaram e resistiram. A liberdade guarda a sua
memória nas muralhas desta Fortaleza».
E,
por nós, só acrescentaremos modestamente que, mais do que uma lista
de nomes, nunca nos esqueçamos que se trata mais de uma lista de 2510 vidas, vidas sofridas e vidas aprisionadas mas sobretudo vidas que são exemplo de coragem e firmeza, vidas que se sacrificaram para que, entre tantas outras conquistas passadas, hoje possamos estar aqui não
a celebrar saudades que não temos desse passado de sufoco, terror e
negrume que foi o fascismo mas a levantar sempre e sempre a bandeira dos grandes valores
e ideais progressistas que são essenciais à construção do nosso futuro
colectivo.
E anima-nos a confiança e quase certeza de que este livro não só já fez um útil e bom caminho como o continuará a fazer no futuro como passagem de testemunho às novas gerações e também como elemento complementar de apoio aos numerosos visitantes portugueses e de outras nacionalidades que, como já hoje acontece, acorrerem ao nosso Museu Nacional da Resistencia e da Liberdade.
E anima-nos a confiança e quase certeza de que este livro não só já fez um útil e bom caminho como o continuará a fazer no futuro como passagem de testemunho às novas gerações e também como elemento complementar de apoio aos numerosos visitantes portugueses e de outras nacionalidades que, como já hoje acontece, acorrerem ao nosso Museu Nacional da Resistencia e da Liberdade.
Muito
obrigado.
1 comentário:
O Alentejo Portugues?
Por que Olivenza Espanhola e nao tenhas duvida🇪🇸
Bela Olivenza sempre Espanhola 🇪🇸 ❤️
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The Portuguese had a brutal record in the Americas as a colonial power. The most horrendous abuses occurred in the colony of Brazil: natives were enslaved, murdered, tortured and raped in the conquest and early part of the colonial period and later they were disenfranchised and excluded from power. Individual acts of cruelty are too numerous and dreadful to list here. Portuguese Conquistadors in Brazil reached levels of cruelty that are nearly inconceivable to modern sentiments.
Today, Portugal is the Biggest Racist country that i have ever lived in. I feared for my life there and i consider myself lucky that my family got out alive! I have never lived in such poverty (Sopas dos Pobres everyday) 40% unemployment rate and 60% of the population earn less than $932 USD per month, and that’s considered Middle Class here! Within the European Union it is the worst of the worst place to live in.
The bottom line is the bulk of the People in the poor country of Portugal exist in a brainless comma that is fed by Ignorance, anti-Spanish hate, and severe Racism of pretty much everybody that isn’t Portuguese! And, Portugal started the Global Slave Trade in 1441 so it is definitely NOT a safe place for Blacks!!
I found important websites that explain the Severe multi-generational Racism and Hate that exist in Portugal today, and i highly encourage all to read them and spread the word in order to avoid innocent, and desperate people from living or visiting there. Get educated on the Truths about Racist Portugal now.
1) https://www.theroot.com/a-white-journalist-discovers-the-lie-of-portugal-s-colo-1790854283
2) https://saynotoracistportugal.neocities.org/
3) http://www.discoveringbristol.org.uk/slavery/routes/places-involved/europe/portugal/
4)SOPAS DOS POBRES EVERYDAY IN PORTUGAL BECAUSE OF NON EXISTENT ECONOMY:
https://www.noticiasaominuto.com/pais/764453/sopa-dos-pobres-foi-criada-ha-anos-mas-ainda-existe-problemas-persistem
5) http://www.ipsnews.net/2011/10/portugal-crisis-pushes-women-into-prostitution/
6) https://www.theatlantic.com/business/archive/2013/06/the-mystery-of-why-portugal-is-so-doomed/276371/
7) https://portugaltruths.neocities.org/
8) https://portugalwasabadcolonizer.neocities.org/
9) https://portugalisxenophobic.neocities.org/
10) https://portugalisaracistcountry.neocities.org/
I HEREBY ALERT ALL PEOPLE ON EARTH TO NOT BUY FROM PUTUGAL, DO NOT SPEND YOUR HARD, EARNED MONEY GOING THERE AND BOYCOTT ALL PORTUGEE STORES IN YOUR AREA! DON'T BUY THEIR GOODS OR WINES!!!
THESE XENOPHOBIC RACISTS HAVE TO LEARN AND THE BEST WAY IS TO BLOCK THEM ECONOMICALLY!
BE CAREFUL FRIENDS!
+++FEEL FREE TO ADD MY BLOG LINK AND PICTURES TO YOUR BLOG OR WEBSITE FOR FREE! IT IS IMPORTANT TO TELL PEOPLE THE TRUTH ABOUT PUTUGAL!!+++
Be SAFE friends. Hugs.
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O Alentejo Portugues?
Por que Olivenza Espanhola e nao tenhas duvida🇪🇸🇪🇸🇪🇸🇪🇸🇪🇸🇪🇸🇪🇸🇪🇸🇪🇸🇪🇸🇪🇸
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