23 de dezembro de 2024

Desculpem ser em inglês e francês

Ilan Pappé,
um historiador
israelita não sionista



A  limpeza étnica da Palestina

Nesta obra maior, Ilan Pappé, historiador israelita de renome, regressa à foresmação do Estado  de Israel : entre 1947 et 1949, mais de 400 aldeias palestiniaoram deliberadamente destruidas, civis foram massacrados, mulheres e crianças foram expulsas das suas casas sob a ameaça de armas. 

Esta limpeza étnica passou sob silêncio durante mais de sessenta anos e tem ainda dificuldade em ser considerada na sua exacta dimensão.

Apoiando-se sobre numerosos arquivos, Ilan Pappé refuta indubitavelmente o mito segundo o qual a população palestiniana tinha partido de livre vontade e demonstra que, desde as suas primícias, a ideologia fundadora de Israel trabalhou para a expulsão forçada da população autóctone.


Neste livro conta-se a história da Palestina, uma terra habitada por dois povos, com duas identidades nacionais. Inicia-se ainda no período otomano, nos primeiros anos do século xix, passa pela chegada dos primeiros sionistas, no final desse século, pelo mandato britânico no início do século xx, pela criação do Estado de Israel em 1948 e as subsequentes guerras e conflitos.
Grandes acontecimentos como estes constituem o pano de fundo da narrativa e explicam a construção dos nacionalismos sionista e palestiniano, mas o centro da cena é ocupado por aqueles que viveram esses tempos: homens e mulheres, crianças, camponeses, habitantes das cidades, trabalhadores, judeus e árabes.
É uma história em que se encontra coexistência e até cooperação, mas também opressão, ocupação e exílio.
Lúcido e direto, este livro constitui um contributo ímpar para a história desta terra atormentada, sendo de leitura indispensável para todos quantos se preocupam com os destinos do Médio Oriente.
História da Palestina Moderna – Uma terra, dois povos é hoje, por todos os motivos, uma obra muito atual.



21 de dezembro de 2024

Mais trancadas sobre o caso do Martim Monoz

 João Miguel Tavares no «Público»
( Eu não o aprecio mas desta vez acertou)

«(...)Foi, portanto, uma operação de marketing policial desligada de qualquer suspeita de crimes concretos que recorreu a todo aquele aparato e àquela brutal violência simbólica para tranquilizar os “portugueses de bem” – os tais que andam a sentir-se muito inseguros, mesmo não estando a ser vítimas de muitos crimes, segundo a notável teoria do senhor primeiro-ministro. E quais foram os resultados práticos de tão tremenda operação? Segundo a PSP, foram detidas duas pessoas e apreendidos – segurem-se bem – 3435 euros, um passaporte, uma faca com uma lâmina superior a dez centímetros, um telemóvel que constava como furtado e meio quilo de haxixe.
É como na anedota brejeira: tanta dinamite para um rastilho tão pequeno. E já que passou a valer tudo, deixo aqui uma sugestão: na próxima segunda-feira, proponho que a PSP vá fazer o mesmo tipo de “operação especial de prevenção criminal” para o El Corte Inglés ou para as Amoreiras, que é véspera de Natal e há imensa gente para encostar à parede. A colheita ao nível de estafetas da Glovo vai ser mais fraca do que no Martim Moniz, mas encontrarão certamente imensos gramas de haxixe, cocaína da boa e vários suspeitos de esconderem mais do que 3435 euros em offshores. Eu iria sentir-me muito mais seguro. (...)»

Pacheco Pereira desanca no PSD (no «Público»)

(...)A operação do Martim Moniz foi feita para este mundo de insatisfação, ressentimento, culpabilidade dos outros, de medo. É por isso que, no caso das pessoas encostadas à parede na Rua do Benformoso, neste caso, o Governo do PSD e CDS comportou-se como o Chega, em ideologia, em política, em racismo e actuou como o Chega. Ora Chega já basta um,

( ...)

Mas se se quer falar de crimes, quando é que são encostados à parede os que vivem do emprego ilegal, pagando salários de miséria, sem quaisquer direitos laborais, os que obrigam a trabalhar em condições extremas em temperaturas altíssimas nas estufas, os que exploram esse proletariado da bicicleta que atravessa as nossas cidades com mochilas de alimentos a qualquer hora do dia ou da noite.(...)»

Desses emigrantes há muito quem goste porque vive de os explorar. E sentam-se nas mesas das altas negociações com o Governo em nome da “modernização da agricultura” ou do turismo, e são recebidos com todos os salamaleques, que por acaso é uma palavra de origem árabe. Ou os que nunca mais permitem a construção de uma mesquita no Martim Moniz para atirar os muçulmanos para mesquitas ilegais em apartamentos onde grassa o fundamentalismo, ou que os obrigam a orar na rua, para ainda acentuar mais o medo da ignorância.»



20 de dezembro de 2024

Outros três cartoons sobre os EUA

 


Os imperadores- Trump. Musk e Vance -
novo mandato


- Quando ele diz «não se deve matar», isso inclui 
os executivos dos seguros de saúde ?


- Há três ramos - o legislativo, o executivo
e o Elon Musk