Ilan Pappé,
um historiador
israelita não sionista
A limpeza étnica da Palestina
Nesta obra maior, Ilan Pappé, historiador israelita de renome, regressa à foresmação do Estado de Israel : entre 1947 et 1949, mais de 400 aldeias palestiniaoram deliberadamente destruidas, civis foram massacrados, mulheres e crianças foram expulsas das suas casas sob a ameaça de armas.
Esta limpeza étnica passou sob silêncio durante mais de sessenta anos e tem ainda dificuldade em ser considerada na sua exacta dimensão.
Apoiando-se sobre numerosos arquivos, Ilan Pappé refuta indubitavelmente o mito segundo o qual a população palestiniana tinha partido de livre vontade e demonstra que, desde as suas primícias, a ideologia fundadora de Israel trabalhou para a expulsão forçada da população autóctone.
Neste livro conta-se a história da Palestina, uma terra habitada por dois povos, com duas identidades nacionais. Inicia-se ainda no período otomano, nos primeiros anos do século xix, passa pela chegada dos primeiros sionistas, no final desse século, pelo mandato britânico no início do século xx, pela criação do Estado de Israel em 1948 e as subsequentes guerras e conflitos.
Grandes acontecimentos como estes constituem o pano de fundo da narrativa e explicam a construção dos nacionalismos sionista e palestiniano, mas o centro da cena é ocupado por aqueles que viveram esses tempos: homens e mulheres, crianças, camponeses, habitantes das cidades, trabalhadores, judeus e árabes.
É uma história em que se encontra coexistência e até cooperação, mas também opressão, ocupação e exílio.
Lúcido e direto, este livro constitui um contributo ímpar para a história desta terra atormentada, sendo de leitura indispensável para todos quantos se preocupam com os destinos do Médio Oriente.
História da Palestina Moderna – Uma terra, dois povos é hoje, por todos os motivos, uma obra muito atual.
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